sábado, 23 de setembro de 2017

O rei sem um dedo




Há muito tempo atrás existia um rei que não acreditava no Deus Vivo e Verdadeiro. Ele não via e nem acreditava na misericórdia e na bondade do Deus Todo Poderoso. Ele vivia sempre murmurando, reclamando e duvidando do Poder do Senhor. Mas ele tinha um servo fiel que, ao contrário do rei, cria e amava o Deus Altíssimo. E sempre que o rei murmurava, ele dizia: “Meu rei, não desanime nunca, pois Deus é fiel e tudo que Ele faz é perfeito. Ele não erra nunca”.
 Este rei gostava muito de caçar e um dia saiu com seu servo para os campos do reino. Mas a surpresa estava no meio do caminho: Uma hiena faminta, com cerca de 60 quilos, atacou o rei e este se defendeu com as mãos e perdeu um dedo estraçalhado pelos terríveis dentes deste carnívoro. O servo instintivamente, para salvar a vida do rei, atirou e matou a hiena que já se preparava para matá-lo. O rei com as mãos cheias de sangue, irritado e gritando muito dizia: “Você diz que Deus é bom e que Ele nunca erra”.
Então o que você me diz agora?
Se Deus é bom, porque Ele me deixou perder meu dedo?
Se Ele nunca erra como então deixou esta grande hiena nos atacar?
O servo humilde e calmamente diz a ele: “Meu rei, nós não devemos reclamar e sim sermos gratos por Deus ter nos protegido. Poderíamos estar mortos. Tudo que Deus faz é bom. Deus nunca falha. Deus nunca erra. Ele, somente Ele, sabe de todas as coisas”.
O rei se sentiu insultado pelo servo que o contrariara e o lançou na prisão.Um ano se passou e o rei novamente voltou a caçar. Ele caminhou, caminhou, caminhou e se afastou muito do seu reino. Entrou em terras estranhas e índios selvagens o prenderam.
Estes índios usavam humanos em sacrifícios aos seus deuses.
Não havia mais jeito. Os selvagens índios cantavam e se pintavam. O fogo foi acesso. Eles invocaram seus deuses e trouxeram o prisioneiro, o rei, que implorava por sua vida. Mas não adiantava nada. Ele ia morrer.
Mas um milagre então aconteceu: Quando era levado amarrado para o altar do sacrifício, um dos selvagens notou que o prisioneiro não tinha um dos dedos e imediatamente o soltaram. Eles estavam contentes por libertar o rei, pois quase sacrificaram - ao seu deus - Uma oferenda que não era perfeita. Faltava um dedo. O rei então voltou ao seu palácio e na viagem meditava sobre o livramento. E pensava: “Se eu não tivesse perdido um dos meus dedos, nesta hora eu estaria morto”.
Apressou-se pelo caminho e chegando ao palácio, imediatamente correu ao calabouço e deu ordens aos seus soldados que soltassem aquele que fora o seu melhor amigo. E, em lágrimas que corriam pelo seu rosto, dizia ao amigo: “Me perdoe meu amigo. Eu estava errado. Agora eu não tenho mais nenhuma dúvida. Tudo que Deus faz é bom mesmo. Estou muito triste por ter colocado você um ano nesta prisão imunda. Eu errei com você. Fui injusto contigo.  Me perdoe.  Me perdoe.  Me perdoe”.

O servo então com lágrimas nos olhos e abraçando ao seu amigo disse: “Não meu rei. Não diga isso. Tudo que Deus faz é bom. Deus nunca falha. Deus nunca erra”. Se você não tivesse me prendido eu teria ido caçar contigo e ambos seríamos presos e, como eu tenho todos os meus dedos, EU SERIA SACRIFICADO! "Deus nunca erra. Deus nunca falha. Ele me livrou da morte.” Tudo que Deus faz é bom e perfeito para todos nós.

O símbolo mais valioso



Certa vez, um rei temente a Deus e muito amado pelo seu povo, percebendo que estava envelhecendo, resolveu decidir qual dos seus três filhos iria herdar o seu trono. A tarefa não era nada fácil, pois todos tinham bom coração e eram dignos de receber a coroa. Depois de muito pensar em uma forma de não ser injusto com seus filhos, o rei teve uma grande ideia. Em seguida, mandou chamar os três e lhes disse:
Meus filhos amados, eu já estou velho e não tenho mais forças para governar. Deus me deu três filhos maravilhosos e sei que qualquer um de vocês será um ótimo rei. Porém, eu não posso coroar os três, por isso, o melhor jeito que encontrei para escolher um de vocês é lançá-los um desafio. E explicou qual seria a missão:
Saiam agora e procurem aquilo que vocês acreditam ser o melhor símbolo do nosso reino. Vocês podem procurar onde quiserem, desde que me tragam o símbolo escolhido até a hora do jantar. E para que não haja dúvidas sobre a minha decisão, chamarei os nobres do reino para me ajudarem.
Os príncipes, então, saíram em busca do melhor símbolo do reino...
Um deles decidiu procurar dentro do próprio castelo, no museu e no cofre onde ficavam guardadas as maiores riquezas do reino.
O segundo, por sua vez, foi até a vila dos sábios do reino e passou o dia todo discutindo o assunto com eles.
Já o terceiro resolveu caminhar pelo reino. Ele visitou o seu povo, conversou com as pessoas humildes e conheceu um pouco da vida dura que elas levavam. Durante suas andanças, o príncipe encontrou um menino que chorava enquanto arava a terra de uma plantação. Sensibilizado, ele perguntou:
_ Por que você está chorando, garoto? 
_ Meu pai morreu na semana passada e minha mãe está muito doente. Eu preciso arar este campo até o fim da tarde se quiser receber um pouco de pão para levar para casa. Só que eu não consigo fazer isso sozinho. Queria terminar logo para poder dar o que comer à minha mãe.
O príncipe pensou no desafio do pai e na possibilidade de se tornar o novo rei. Ele sabia que não podia perder tempo, porém, decidiu ajudar o pobre menino - nem que fosse um pouco. Como ele era muito gentil e educado, passou horas e horas arando o campo com o menino. Assim que terminaram o serviço, ele foi visitar a mãe do garoto, que muito agradeceu a sua ajuda (a mãe e o filho não sabiam que ele era filho do rei).
Na hora do jantar, o filho que havia ficado no castelo apresentou ao pai e aos nobres um antigo cofre de ouro maciço cravejado com diamantes e rubis. Era, sem dúvida, um importante símbolo da família real. Ele explicou:
Meu pai e senhores nobres, esse cofre simboliza a estabilidade e o poder do nosso reino. Garanto-lhes que não há outro objeto que simbolize tão bem a nossa história!
O segundo filho, aquele que foi procurar os sábios, apresentou uma antiga espada que pertencia ao seu pai, nos tempos em que ele ainda era príncipe. Assim como o cofre, a espada também tinha um grande significado de coragem e valentia. O filho disse:
Meu rei, essa espada simboliza os tempos difíceis em que o senhor arriscou a própria vida para que a força e a grandeza no nosso reino fossem estabelecidas. Este é, com certeza, o maior símbolo do nosso reino!
Satisfeito com as duas primeiras apresentações, o rei perguntou ao último filho:
E você, meu filho, o que trouxe para nós?
Sem jeito e meio desapontado (pois sabia que não seria o escolhido), o rapaz falou ao pai sobre como foi o seu dia:
Não trouxe nada, meu pai. Deixei o castelo para visitar o nosso povo e me dei de frente com um órfão de pai que, em meio a lágrimas, buscava no arado da terra um pouco de pão para alimentar a mãe. A história do menino mexeu tanto comigo que parei minha busca para ajudá-lo. Depois fui visitar a senhora doente. Como não estou acostumado ao trabalho braçal, fiquei muito cansado e não tive forças para voltar ao seu desafio. Me perdoe, por favor.
O rei, então, chamou o filho:
Venha aqui, meu filho. Me deixe ver as suas mãos!
Ao notar que as mãos do rapaz estava cheia de bolhas, o rei ergueu o braço do príncipe e disse a todos os nobres:
Senhores, este é o meu escolhido! Ele herdará a minha coroa! Este rapaz não trouxe apenas um símbolo do nosso reino, mas vários:
Em primeiro lugar: ele foi até o povo. Um rei de verdade nunca pode deixar de estar com o seu povo. Segundo: ele foi capaz de escutar uma criança. Terceiro: ele foi sensível ao sofrimento do menino e de sua mãe. Quarto: ele demonstrou que é capaz de colocar os interesses dos necessitados acima dos seus interesses.
O rei continuou:
Os símbolos trazidos ao nosso reino por ele foram: amor, bondade, compaixão e atitude! Esse meu filho possui todas as qualidade que um rei temente a Deus deve ter.Os que concordam comigo, digam: Viva o rei! E todos os que estavam no salão gritaram “viva o rei”, inclusive os seus irmãos.
"E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé" (Gálatas 6:9,10).